sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Perdi-te


Não sei exactamente quando te comecei a perder mas sei que foi, exactamente, no mesmo dia em que me comecei a perder a mim. E culpo-me pela minha desatenção, se te larguei as mãos por um segundo apenas. Ninguém se perde sozinho. Inutilmente, supus que me julgavas sempre aqui, mesmo quando eu perto estava longe. Se não tivesses pensado que estavas sozinho, estarias ainda aqui? Sabes voltar a casa? Ainda te lembras do cheiro das tardes de sábado e do riso do teu prato favorito? Do trajecto dos nossos passeios, do contorno das minhas mãos?
Volta .. que preciso de me encontrar em ti, outra vez.